quinta-feira, 30 de junho de 2011

Madeira dada a conhecer através de um antigo filme publicitário

No seguimento de um conjunto de fotografias aqui anteriormente divulgadas, retratando uma Madeira paradisíaca, destino exótico desejado pela alta sociedade europeia, aproveitamos agora para partilhar este antigo vídeo promocional da região, destinado à divulgação desta ilha portuguesa junto do público inglês. Nele poderemos inteirar-nos de alguns particularismos do modus vivendi dos ilhéus, assim como de quais os principais interesses dos seus visitantes, o que torna este vídeo um importante documento histórico e antropológico. 

Vídeo de época utilizado na promoção internacional do turismo no
Arquipélago da Madeira. 

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Quadro de Paula Rego bate anterior valor recorde!

A edição de hoje do Jornal de Notícias noticiou a licitação de um quadro da pintora portuguesa Paula Rego, em Londres, por 866.175 euros, constituindo-se assim um novo valor recorde relativo ao preço de uma obra desta artista. Reconhecida e aclamada internacionalmente, Paula Rego tinha anteriormente fixado o seu valor recorde em 740.000 euros, pagos num outro leilão por um quadro seu, vendido também em Inglaterra, durante o ano de 2008.

(Clicar na imagem para ampliar.)

terça-feira, 28 de junho de 2011

Entrevista a Flávio Gonçalves

«Companheiro de muitas lutas, o Flávio é acima de tudo um individualista. Alguém que tem sempre uma (boa) história para contar, um político de ideias convictas (e precisávamos de mais uns quantos assim) e um concretizador de muitos projectos dignos de mérito.»
Lurker em Infernus nº. XXI.

Foi deste modo simples e assertivo que Flávio Gonçalves foi apresentado no mais recente número da revista Infernus. O órgão oficial de expressão da Associação Portuguesa de Satanismo deu assim a conhecer, através de uma entrevista dirigida pelo seu editor, o trajecto e perfil de uma das almas mais inquietas e inquietantes da cultura não conforme portuguesa. Editor, político, cronista, jornalista, conferencista, activista e, acima de tudo, agitador, Flávio Gonçalves é um dos mentores da editora Antagonista e principal responsável por projectos como a Finis Mundi, revista semestral de cultura e pensamento, várias vezes referenciada neste espaço. Polémico e controverso, parece-nos importante dar aqui a conhecer as ideias e o trabalho de alguém tão profundamente atento e preocupado com a actualidade política, social e cultural portuguesa.
Para ler esta interessante entrevista basta clicar na capa da edição nº. XXI da revista Infernus. Boa leitura.


(Clicar na imagem para aceder ao nº XXI
da Infernus.) 

segunda-feira, 27 de junho de 2011

D. Sebastião: de Desejado a Encoberto

«O cognome "o Desejado", que vulgarmente se lhe atribui, advém do dramático contexto político em que D. Sebastião foi gerado e em que nasceu. De facto, antes mesmo de vir ao mundo, ele é já depositário da última esperança de que o país não venha, a breve prazo, a ser governado por um rei castelhano. Não admira, pois, que ao seu nascimento seja, desde logo, atribuído um carácter miraculoso, expresso até à exaustão em vários testemunhos da época e que viria a marcar profundamente o seu percurso e a sua imagem pública. Para muitos, essa marca providencial foi o sinal revelador de que D. Sebastião estaria predestinado a alçar Portugal às glórias passadas, como guerreiro defensor da Cristandade.»
Maria Augusta Lima Cruz em D. Sebastião.

Realiza-se no próximo Sábado, dia 2 de Julho, pelas 15:30, na Quinta da Regaleira, em Sintra, uma interessantíssima conferência de Manuel J. Gandra, subordinada ao tema D. Sebastião: de Desejado a Encoberto. Prometendo o orador revelar alguns documentos confidenciais espanhóis relativos ao monarca português, esta comunicação merecerá o mais vivo interesse de todos os apaixonados pelos múltiplos universos inerentes à Cultura Portuguesa encerrados na figura histórica de D. Sebastião, num autêntico convite ao vislumbre daquela Luz escondida para lá do Nevoeiro.

(Clicar no cartaz para ampliar.)

(Clicar no sumário da conferência para ampliar.)

domingo, 26 de junho de 2011

Para um referendo sobre a privatização da água

Os tempos de crise são propícios ao enriquecimento ilícito, bem como à proliferação de crimes contra a Pátria Mãe e seu património comum que todos partilhámos. Décadas de consecutivo (des)governo conduziram-nos a um abismo económico e financeiro, camuflado pelos poderes da propaganda pseudo-democrática pós-Abril, alimentada pela banca internacional e o falso europeísmo ditatorial imposto por Bruxelas. Ensinando-nos de que o Estado apenas dá prejuízo, esqueceram-se inteligentemente de nos explicar o porquê desta realidade. Ora, é suposto dar prejuízo, porque só assim se consegue doutrinar um país para o auto-genocídio, fazendo-o acreditar que apenas com processos de privatização é que conseguiremos gerir e governar positivamente o nosso país e todas as suas riquezas. 
Na Nova Casa Portuguesa, acreditámos que os recursos naturais e energéticos, aliados à agricultura, comunicações, saúde, transportes e educação, são sinónimos de soberania nacional e, como tal, completamente inegóciaveis dentro de um cenário capitalista internacionalista alienador. Como tal, é com todo o patriotismo que apoiámos a divulgação de uma petição que visa levar a referendo a questão da privatização da água em Portugal, dando assim oportunidade ao Povo Português de ele próprio defender os seus interesses vitais, impedindo que estes sejam uma vez mais negligenciados por uma classe política corrupta e mercenária, completamente alheia aos verdadeiros desígnios e interesses nacionais.

A quem possa interessar, esta petição poderá ser lida e assinada no seguinte endereço: www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N11644

(Clicar na imagem para aceder à página oficial desta petição.)

sábado, 25 de junho de 2011

António Telmo lembrado em Sesimbra

Prossegue hoje, na Biblioteca Municipal de Sesimbra, o I Ciclo de Estudos em Homenagem a António Telmo. Intitulado Ciclo Congeminações, este conjunto de sessões, subordinadas ao tema Ortodoxia e Livre Pensamento, visa lembrar o imperioso contributo prestado pelo filósofo, escritor e professor à cultura portuguesa.
Lembramos que na sessão de hoje, marcada para as 15h, será apresentada a obra Sesimbra, o lugar onde se não morre, da autoria de António Telmo.
A entrada é livre.

(Clicar na imagem para ampliar.)

Programa

25 de Junho - 15:00
- Apresentação do livro Sesimbra, o lugar onde se não morre, de António Telmo.
- Colóquio António Telmo e as afinidades sesimbrenses (com a participação de Pedro Martins – António Telmo e Rafael Monteiro; Elísio Gala – António Telmo e Orlando Vitorino; Carlos Aurélio – António Telmo e Agostinho da Silva).

24 de Setembro - 15:00
- Apresentação do livro O Crocodilo (Al-Barzakh), de Louis-Claude de Saint-Martin (tradução de Inácio Balesteros e prefácio de António Telmo), por João Cruz Alves, com projecção de vídeo documentando uma intervenção de António Telmo na Quinta da Regaleira, em Sintra, alusiva à obra.
- Colóquio António Telmo e o caminho do Oriente (com a participação de Roque Braz de Oliveira – António Telmo e a ortodoxia católica; António Carlos Carvalho – António Telmo e a Kabbalah; Cynthia Guimarães Taveira – António Telmo e o Oriente).

29 de Outubro - 15:00
- Lançamento do oitavo número da revista NOVA ÁGUIA: O Pensamento da Cultura de Língua Portuguesa: nos 30 anos da morte de Álvaro Ribeiro.
- Colóquio António Telmo e a Escola Portuense em Lisboa (com a participação de Pinharanda Gomes – António Telmo e a escola portuense em Lisboa; Joaquim Domingues – António Telmo e Álvaro Ribeiro; Renato Epifânio, António Telmo e José Marinho).

26 de Novembro - 15:00
- Lançamento do terceiro número dos CADERNOS DE FILOSOFIA EXTRAVAGANTE: António Telmo
apresentado por Eduardo Aroso, Paulo Júlio Guerreiro dos Santos e Pedro Paquim Ribeiro.
- Lançamento das Actas do Ciclo de Colóquios Portugal Renascente.
- Conferência de encerramento: “Desenfaixai-o e deixai-o ir” – Quem tem medo da filosofia portuguesa, por Abel de Lacerda Botelho, Presidente da Fundação Lusíada.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Informação, Diversão ou Deformação?

«O "pacto" estabelecido entre o homem contemporâneo e a tecnociência visa a ultrapassagem das limitações da organicidade, apontando para a construção de um ser híbrido "pós-biológico", misto de corpo humano e artifício técnico. A informática, as telecomunicações e as biotecnologias alimentam o sonho neognóstico da "pós-evolução": através delas, o homem "pós-biológico" almeja desvincular-se das restrições espaciais e temporais ligadas à sua materialidade orgânica, para atingir a virtualidade e a imortalidade.»
 Júlio Mendes Rodrigo em Summa Techno(I)Logicae.

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A sociedade da informação possibilita um acesso célere e praticamente ilimitado ao conhecimento, potencializando o processo educativo de crianças, jovens, adolescentes e adultos. Contudo, para além de todos os pontos positivos que nela possamos encontrar, não devemos descurar os perigos constituintes do lado negro desta mesma realidade. A questão da literacia ao nível dos mass media, assume-se hoje como um dos principais desafios do mundo ocidental, revelando-se um factor imprescindível à criação de uma sociedade livre e segura.
Será nesse âmbito que Júlio Mendes Rodrigo apresentará uma comunicação intitulada Informação, Diversão ou Deformação? já no próximo dia 28 de Junho, pelas 21:00, no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Lordelo.
A entrada é livre.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Orvalheiras, orvalhadas, orvalhudas de S. João!

Orvalheiras, orvalheiras, orvalheiras,
Viva o rancho das mulheres solteiras.

Orvalhadas, orvalhadas, orvalhadas,
Viva o rancho das mulheres casadas.

Orvalhudas, orvalhudas, orvalhudas,
Viva o rancho das mulheres viuvas!

Recolha de  Alberto Pimentel.

Ilustração alusiva ao S. João do Porto.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Memórias da Madeira de outros tempos

Cartaz de promoção turística da Madeira (1931).

O Arquipélago da Madeira é há muito tempo um dos principais destinos turísticos localizados no Oceano Atlântico, sendo considerado como um dos seus mais belos jardins. 
Descoberto em 1419 por dois importantes navegadores henriquinos, João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira, este arquipélago, em particular a ilha da Madeira, foi desde o século XIX o segundo mais importante destino turístico em Portugal, logo a seguir a Lisboa. Publicitado como destino exótico e tropical, a Madeira foi ao longo dos séculos XIX e XX um dos destinos preferenciais de muitas famílias reais e aristocráticas europeias. Não será por isso de estranhar a quase natural propensão existente naquela parte do território nacional para o desenvolvimento de todo um périplo económico ligado ao turismo, sendo o Funchal o epicentro de toda essa imensa actividade registada na região.
Assim, com a chegada do Verão, aproveitamos para divulgar algumas fotografias antigas, ilustradoras do ambiente vivido outrora pelos turistas que visitavam a Madeira, podendo-se também compreender a partir delas de que forma o turismo influenciou a adaptação das actividades económicas e comerciais locais, alterando os hábitos e costumes dos madeirenses.

Vista sobre as piscinas do famoso Hotel Savoy.

Outra perspectiva do Hotel Savoy.

Vista do anfiteatro do Funchal a partir da freguesia de Sto. António.

Venda de bordados junto de um paquete atracado
no Funchal.

Outra fotografia que mostra bem a importância que o
turismo tinha já naquele tempo para toda a região.

Cena popular diante de um dos muitos paquetes que animavam o
porto do Funchal.

Chegada a terra de uma baleia pescada pelos famosos baleeiros.

Os tradicionais carros de cesto.

Transporte turístico de tracção animal.

Panorama da entrada do cais do Funchal.

Golden Gate Grand Café.

Hotel Santa Isabel, uma das antigas estruturas hoteleiras da ilha.

Foto de um dos hidroaviões que serviam na ponte aérea entre o continente e a ilha. 

Igreja de São João Evangelista do Colégio do Funchal.

Capela de São Vicente.

Esquartejamento de uma baleia, com o aproveitamento do óleo e da carne.

Panorâmica sobre a Praça do Município.

Vista obtida a partir do miradouro do antigo casino.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Ciclo de tertúlias em torno de Agostinho da Silva

«A crueza da história opõe com eficácia a realidade das acções à idealidade dos projectos. Contudo, Agostinho da Silva negou-se a matar o ideal e lembrou a acção exemplar que o Padre António Vieira teve em terras brasileiras na pregação que se caracterizava por uma espécie de conversão simultânea ao cristianismo e a um Portugal ideal que era necessário edificar.»
Artur Manso em Agostinho da Silva (1906-1994).

Inicia-se no próximo Sábado, dia 25 de Junho, pelas 18 horas, na Casa Bocage, em Setúbal, um ciclo de tertúlias intitulado Em torno de Agostinho da Silva. Como o próprio nome sugere, esta iniciativa visa promover a vida e obra do pensador português, assim como discutir a mundividência pela qual sempre se pautou e lutou, tanto no campo da pedagogia, como da filosofia.
Com uma periodicidade mensal, este ciclo de tertúlias estender-se-á até Novembro próximo, interrompendo-se apenas durante o mês de Agosto. Recordámos que esta iniciativa é de participação livre, havendo espaço para o diálogo e troca de impressões entre todos os presentes.

Agostinho da Silva.

Programa

25 de Junho - 18h - Apresentação do ciclo de tertúlias Em Torno de Agostinho da Silva na Casa Bocage, por Maurícia Teles e Bruno Ferro. Apresentação do Portal Agostinho da Silva - O Espólio, por Rui Lopo e Ricardo Ventura. Apresentação do mais recente número da revista Cultura Entre Culturas, nº3, por Paulo Borges.

16 de Julho - 17h -  Agostinho da Silva, prefigurador da Comunidade Lusófona - nos 15 anos da CPLP e apresentação do mais recente número da revista Nova Águia, por Renato Epifânio.

10 de Setembro - 17h - O que é a Filosofia - de Kertchy Navarro? As Sete Cartas a um Jovem Filósofo de Agostinho da Silva, por Dirk Hennrich.

15 de Outubro - 17h - Agostinho da Silva e a Cultura Portuguesa, por Miguel Real.

12 de Novembro - 16h - São Martinho em Torno de Agostinho, por Duarte Drumond Braga. Comunicação de Bruno Ferro, com título ainda por definir.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Santa Maria de Arouca: a memória de um mosteiro

«Pode dizer-se que tanto a alta Idade Média, como os séculos que se lhe seguiram, até fins do século XV, não deixaram outros vestígios de arte arquitectónica em todo o distrito de Aveiro, além do velho castelo da Feira, de origem pré-nacional, da pequena rosácea da igreja de Brunhido, considerada do período de transição do século XII para o XIII, e da fundação do mosteiro de Arouca (...) fundado pela rainha D. Mafalda, filha de D. Sancho I, em princípio do séc. XIII, mas de cuja construção apenas restam alguns elementos. O actual edifício é produto de diversas épocas, em consequência das destruições por que passou em 1550, em 1725 e, mais modernamente, em 1932, todas provocadas por incêndios.»
José Correia do Souto em Portugal Monumental (Vol. 1).

(Clicar na imagem para ampliar.)

Realiza-se amanhã, dia 21 Junho, pelas 18 horas, na FNAC Stª. Catarina, no Porto, a apresentação do livro A Memória de um Mosteiro: Santa Maria de Arouca (Séculos XVII-XX): das Construções e das Reconstruções, da autoria de Manuel Moreira da Rocha. Subordinado ao estudo patrimonial do importante mosteiro de Arouca ao longo de algumas das suas fases históricas, balizadas por um espaço temporal de aproximadamente três séculos, este trabalho, agora editado pelas Edições Afrontamento, terá uma apresentação a cargo do Professor Vítor Serrão, da Universidade de Lisboa. 
Este evento tem entrada livre.

domingo, 19 de junho de 2011

Viagem pelo S. João do Porto na companhia de Germano Silva

«Não é possível escrever sobre a história do Porto sem fazer referência às festas populares doutros tempos, profundamente arreigadas no espírito estruturalmente religioso, mas, também, sadiamente rapioqueiro, da gente do velho burgo.»
Germano Silva em Porto: Caminhos e Memórias.

Às portas de mais uma noitada de S. João no Porto, uma das mais importantes festividades ligadas aos nossos santos populares, o serviço multimédia do Jornal de Notícias (JN) disponibilizou no seu espaço virtual um interessante conjunto de pequenos vídeos, apresentados por Germano Silva, o famoso cronista e divulgador da História da Cidade Invicta, podendo-se com ele calcorrear as centenárias tradições associadas a esta grande festa. Os vídeos desvendam um pouco as origens das celebrações do S. João na cidade do Porto, assim como do uso e costume do manjerico e alho-porro, ou do significado das famosas orvalhadas, não sendo esquecidos os locais mais típicos e populares, onde a festa perdura durante a mais longa noite do ano.

(Clicar na imagem para aceder aos vídeos.)

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Portugal e o XIX governo constitucional

«Tomar consciência de si mesmo, das suas virtualidades e do sentido que preside à identidade própria é condição para que um povo se torne protagonista do seu destino.»
Joaquim Domingues em De Ourique ao Quinto Império.


Foi hoje oficialmente apresentado o XIX governo constitucional, seja lá isso o que for. Uma vez mais o poder político encontra-se desajustado e desfasado dos verdadeiros interesses nacionais, como um cadáver que há muito apodrece entre os vivos, envenenando-os, alastrando os seus malefícios aos vários órgãos vitais de um corpo espiritual comum.
Os princípios positivistas e materialistas impostos por este actual regime republicano jacobino, triste herdeiro dessa vil I República que quase nos destruiu, impede a realização espiritual dos portugueses, enganados, iludidos, enxovalhados e escravizados por um sistema que os consome a mente, corpo e espírito. A mentira capitalista, longe de ser melhor do que o embuste comunista, absorve todas as energias à Pátria, cansando-a, fustigando-a, pilhando-a, roubando-a e humilhando-a, estrangulando o acesso a outros mundos, localizados para lá dos domínios da percepção, conforme referiu António Telmo em 1963 na sua primeira obra, intitulada Arte Poética.
O desaparecimento do Ministério da Cultura e a entrega, uma vez mais, da tutela de importantes ministérios como Saúde ou Educação às mãos de tecnocratas mercenários ao serviço da banca e finança internacional reflecte bem o estado de sítio a que Portugal chegou, sem que a maior parte das pessoas sequer se apercebesse que o seu presente e o seu futuro foi há muito substituído pelo lucro de terceiros. Portugal não é, nem nunca foi um conjunto de números ou estatísticas, muito menos uma pátria de escravos, pelo que nos cabe a nós legar um idêntico futuro aos vindouros. Recordado que triste do país que descura a sua Cultura, a sua História, a sua Arte, a sua Tradição e o bem-estar dos seus concidadãos, apelamos, uma vez mais, ao esforço dos vivos, isto é, dos autênticos e verdadeiros portugueses, para a realização dessa missão sagrada de devolver a Portugal esse escol, capaz de desbloquear o infinito potencial encerrado no nosso inconsciente colectivo, esse relicário da alma do Homem Português.

Portugal, desperta!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A canção do novo Restelo

No Cais do Tejo, pintura a óleo da autoria de Alfredo Keil, datada de 1881.

Portugal! Portugal! - pequeno berço
De heróis que as ondas andam a embalar,
Porto donde partiu para o Universo,
A eterna raça um dia abrindo o Mar!

Portugal! Terra mãe, campo lavrado,
Subindo a serra ansiosa pelo céu,
Onde nasceu Nun'Álvares soldado,
Onde Luís de Camões - poeta- nasceu!...

Terra de heróis e de poetas
À Beira-Mar! - Jardim em flor
De almas ansiosas e inquietas,
Fortes na luta mais no Amor!

Portugal é o campo enorme
(Tu és a nossa glória, ó Mar)
Em cujo seio, oculta, dorme
Uma outra Índia a conquistar!...

Portugal navegou outrora,
Marujos foram os avós...
- A Índia está na terra agora,
Quem a procura somos nós!

Deus dá à terra a Primavera
E a nós deu braço pr'a lavrar!...
Irmãos, a Pátria ansiosa espera!

- Vá, marinheiros, - navegar!

Poema de Augusto Casimiro.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Espólio de Raul de Campos na Biblioteca Nacional de Portugal

Foi assinado, no passado dia 1 de Junho de 2011, o Termo de Doação do Espólio do compositor português Raul de Campos à Biblioteca Nacional de Portugal (BNP). Um acto altruísta de verdadeira cidadania que veio, indubitavelmente, valorizar a colecção de Música daquela instituição, permitindo aos investigadores um aprofundamento do estudo desta personalidade e o meio artístico da sua época.
Nascido em Lisboa no ano de 1883, Raul de Campos destacou-se como músico, maestro e professor, tendo terminado os seus estudos no Conservatório Nacional com 16 anos de idade, onde se especializou em violino. As suas qualidades nos domínios musicais levaram-no a 1º violinista do Teatro de São Carlos e a regente da Orquestra Típica Portuguesa. Inspirado pela música popular portuguesa, compôs várias operetas, canções de Coimbra, fados, peças para coro, autos, música para crianças, entre outros.
Para além de colaborar com os jornais O Diabo e Canção do Sul, foi ainda co-fundador e director da Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais e do Sindicato Nacional dos Músicos, tendo organizado as tunas e orfeões do Colégio Militar e da Escola Académica.
Na oficialização desta doação estiveram presentes, em representação das partes, Ana Maria de Campos Mourão, na qualidade de doadora, e o Director-Geral da BNP, Jorge Couto, tendo sido preparada uma uma mostra do espólio do compositor que agora se junta à lista de compositores portugueses, como Augusto Machado, Vianna da Motta, Armando José Fernandes, Luiz de Freitas Branco, Joly Braga Santos, Jorge Croner de Vasconcellos e Ruy Coelho, cujos espólios integravam já a colecção de Música da biblioteca. 
Esta exposição foi inaugurada no passado dia 1 de Junho e estará patente até ao próximo dia 30 de Junho, nas instalações da BNP. A entrada é livre.

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terça-feira, 14 de junho de 2011

«Modernismos e Modernistas»: Jornadas IEMo 2011

Decorrerão durante os próximos dias 20 e 21 de Junho, na Sala Multiusos 2 do Edifício I&D das instalações da Universidade Nova de Lisboa, as Jornadas do Instituto de Estudos sobre o Modernismo. A edição deste ano está subordinada à temática Modernismos e Modernistas, tendo sido elaborado um extenso programa onde figuram algumas das mais recentes investigações levadas a cabo no âmbito do modernismo português, onde se destacam as apresentações de alguns inéditos de autores fundamentais da literatura portuguesa do séc. XX, como Fernando Pessoa e Almada Negreiros
Estas jornadas ficarão também marcadas pela participação de dois sobrinhos de Fernando Pessoa, a Dra. Manuela Nogueira que apresentará uma palestra intitulada Instalar, Contestar, Pensar e o Dr. Miguel Roza Dias, médico, que apresentará uma comunicação em conjunto com a Dra. Maria do Sameiro Barroso, intitulada Fernando Pessoa - Loucura, Mito e Mistificação da Realidade.
Ao abrigo destas jornadas serão ainda realizadas duas exposições subordinadas a temáticas pessoanas, uma de fotografia e outra de artes plásticas, bem como uma apresentação de uma encenação da peça O Marinheiro.
A entrada é livre, havendo ao longo de todo o evento uma pequena venda de livros com publicações dos investigadores do Instituto de Estudos sobre o Modernismo Português.
Para mais informações sobre este encontro visite www.jornadasiemo2011.blogspot.com

(Clicar na imagem para ampliar.)

Programa das Jornadas do Instituto de Estudos sobre o Modernismo – IEMo - 2011

20 e 21 de Junho - FCSH-UNL
Edifício I&D - Sala Multiusos 2

1º Dia

Manhã

9:30-10:00: Sessão de Abertura: Teresa Rita Lopes

10:00 – 11:20:
- Teresa Rita Lopes – Pessoa, Livre Pensador
- Manuela Nogueira – Instalar, Contestar, Pensar 
- Moderador: Nuno Ribeiro

11: 40 – 13:30
- Maria João Reynaud – Brandão e Pessoa – Um Diálogo (Im)possível
- Madalena Dine – Fernando Pessoa e Camilo Pessanha
- José António Costa Ideias - «Kostas Uranis e a Cultura Portuguesa dos anos 20»
- Moderadora: Luísa Medeiros

Tarde

15:00 – 16:20
- Cláudia Souza – Pessoa e os Estudos sobre Psiquismo Humano – vestígios no espólio
- Nuno Ribeiro – Pessoa, Filósofo
 - Moderadora: Maria João Serrado

16:40 – 18:30
- Ricardo Marques – Monólogos Dialogantes – Publicações Periódicas do Modernismo Lusófono, Literário e Artístico
- José Xavier – O Que é uma Imagem Pessoana?
- Maria João Serrado - «Retratos Polémicos do Fernando», 1986 – uma exposição de Michael Barrett
- Moderadora: Teresa Rita Lopes

18:30: Lançamentos
- Revista On-line: Modernista - Apresentação: Teresa Rita Lopes
- Fernando Pessoa, Contes, fables et autres fictions (edição de Teresa Rita Lopes) - Apresentação: Ana Maria Freitas

19:00: Exposições: Apresentação de Ricardo Marques e Maria João Serrado
- Exposição de fotografias de Claire Xavier inspiradas no Livro do Desassossego
- Exposição de Pessoa em pasta de papel da autoria de Rinoceronte

2º Dia

Manhã

10:00 – 11:20
- Maria do Sameiro Barroso, Miguel Roza Dias – Fernando Pessoa - Loucura, Mito e Mistificação da Realidade
- Luísa Medeiros – O Novo Sebastianismo de Pessoa
 - Moderador: Nuno Ribeiro

11:40 – 13:30
- Carla Gago – O Género Dramático em Fernando Pessoa. Contextualização de uma Poética
- Ana Raquel Roque – Crítica Ficcional ou Ficção da Crítica no Universo da Heteronímia Pessoana
- Donzília Felipe – Marcas da Infância na Poesia de Fernando Pessoana na obra "O melhor do mundo são as crianças" de Manuela Nogueira.
 - Moderadora: Sílvia Costa

Tarde

15:00 – 16:20
- Manuela Parreira da Silva – Entre Fátima e Trancoso: a propósito de um projecto inédito de Fernando Pessoa
- Ana Maria Freitas – Do Cais das Colunas vê-se o universo
 - Moderadora: Maria João Serrado

16:40 – 18:30
- Sara Afonso, Sílvia Costa – Modernismo Online: Arquivo Virtual da Geração de Orpheu –linhas de um projecto
 - Luísa Monteiro - «O Marinheiro de Álvaro de Campos»
- Richard Zenith – Quem os Deuses Amam – John Keats e Fernando Pessoa
- Moderador: Nuno Ribeiro

18:30 – O Marinheiro, de Fernando Pessoa – Encenação de Luísa Monteiro

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Santo António de Lisboa

«Nascer pequeno, e morrer grande, é chegar a ser homem. Por isso nos deu Deus tão pouca terra para o nascimento, e tantas terras para a sepultura. Para nascer, pouca terra: para morrer, toda a terra: para nascer, Portugal: para morrer, o mundo.»
Padre António Vieira em 1670, no seu Sermão de Santo António.

Representação de Santo António num selo
postal português datado de 1895. 

Santo António nasceu na cidade de Lisboa entre 1191 e 1195, onde recebeu o nome de baptismo Fernando Martins de Bulhões. Aceitando o divino chamamento ingressou na Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, em S. Vicente de Fora, onde permaneceu até transferir-se para o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra. Foi nesse importante centro da cultura europeia durante a idade média que o mais conhecido dos santos portugueses se iniciou no estudo do Direito Canónico, Teologia e Filosofia.
A notícia chegada a Portugal relativa ao martírio dos cinco franciscanos decapitados pelos infiéis marroquinos fez despertar o jovem Fernado Bulhões para uma nova missão - a evangelização. Assim, ingressou na Ordem de São Francisco, partindo para França e Itália em pregação, destacando-se pelo seu combate às heresias. O facto de ter nascido em Portugal e morrido em Itália, na cidade de Pádua a 13 de Junho de 1231, faz com que ambos os países o reclamem como seu. Problemática parcialmente resolvida pelo Papado que o declarou uma personalidade universal...
O seu processo de canonização foi o mais rápido de sempre a ser conduzido pela Igreja Católica, tendo a sua veneração rapidamente sido disseminada entre as elites e massa popular, que desde logo lhe atribuiu a fama de santo casamenteiro. Particularmente devota a este santo, a cidade de Lisboa dedica-lhe as famosas celebrações de Santo António, cujas tradicionais marchas populares foram criadas por António Ferro, durante o período do Estado Novo. Comemorado e celebrado no dia da sua morte, 13 de Junho, o Santo António popular desce às ruas da cidade para dançar, beber, comer sardinhas assadas e conviver, esquecendo os seus pesados títulos de exímio teólogo e insigne mestre em matérias de ascética e mística ou de incansável martelo dos hereges.

Documentário sobre a vida e obra de Santo António de Lisboa.

123º aniversário de Fernando Pessoa celebrado pelo Google

Comemora-se hoje os 123 anos do nascimento de Fernando Pessoa. Nascido na cidade de Lisboa a 13 de Junho de 1888, Pessoa foi um dos mais importantes e icónicos vultos da cultura portuguesa, pelo que a empresa norte-americana Google resolveu homenagear esse grande embaixador da língua de Camões, adaptando o seu logótipo ao seu famoso retrato, sentado à mesa do café escrevendo junto de um exemplar da revista Orpheu, pintado pelo mestre José de Almada Negreiros

Doodle evocativo do 123º aniversário de Fernando Pessoa utilizado pelo motor
de busca Google. 

domingo, 12 de junho de 2011

Às Mães que nos geraram...

Mater Dei, Seio do Mundo

«E a Mulher eleita que o canto incluía, poucas vezes se ouvia.
Agora, que toda a gente pense: Qual o sentido tem para nós o nome da Mãe enquanto não veneramos a vida e a morte numa só vida?
Sois como a água, a natureza correndo livre do céu à terra, o dogma ondulando nas vagas do tempo, o nome de uma Desconhecida: teu esplendor de tanta glória os céus enchendo desta Nação.
Pequena amostra estaria já sobre a terra, com uma sobrecarga de dor. 
Agora, entre risos e frémitos de asas, teus anjos brincam às escondidas pelos quatro cantos do céu. 
Pulverizações, rebentações do mal em múltiplas partículas se espalhando no chão de ontem.
E hoje na terra, sombream-nos ainda um resto de melancolia de tempo ido.
Tudo existindo como passagem. E a senha?
Porque, quem se atreve a indagar por ela?
Mas no grande tumulto inaugural, súbito a corola da Rosa centifólia a nós se abrindo.»

Dalila L. Pereira da Costa em Portugal Renascido.

Detalhe escultórico da igreja românica de S. Romão de Arões.

sábado, 11 de junho de 2011

"Histórias Globais" de Lisboa a Nagasáqui (1550-1639)

«Em 1582, existem 45 jesuítas europeus a viverem no Japão, tendo sido ordenados padres 30 japoneses. Nesse mesmo ano, informaram Roma de que havia 150000 convertidos. Jovens estudantes, japoneses foram para universidades jesuítas, em Goa, e Macau, onde demonstraram gosto e aptidão impressionantes para a música barroca europeia. No Japão, onde existia um comércio florescente, mercadores portugueses radicaram-se ali em tão grande quantidade que fundaram e constituíram a cidade de Nagasáqui. Um dos mais importantes contributos foi dar a conhecer o mosquiteiro aos japoneses, que o passaram a usar com entusiasmo e efeitos comprovadamente benéficos. Criaram as primeiras fábricas de armas de fogo no Japão, para onde levaram o trabalho de fundição da Europa, as especiarias da Índia e a seda da China. Enriqueceram a língua japonesa com novos termos. Assim, por exemplo, obrigado, em português, tornou-se origato (sic) e o pão, que até aí era desconhecido pelos japoneses, ficou conhecido como pan. Os portugueses introduziram o método de cozinhar peixe em tempura, continuando este a ser o fast food preferido do Japão. Mostraram aos japoneses como se constrói em pedra, o que evitou danos mais graves, ainda que horríveis, aquando do lançamento da bomba atómica sobre Nagasáqui, em 1945.»
Martin Page em A Primeira Aldeia Global.

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Realiza-se no próximo dia 15 de Junho, pelas 18:30, no auditório do Centro Científico e Cultural de Macau a sexta conferência do ciclo Relações luso-italianas nos séculos XV-XVIII: balanço e novas linhas de investigação no âmbito da celebração dos 150 anos da União de Itália.
Intitulada “Global Histories”: Roma, Lisbona, Goa, Macao, Pequino, Nagasaki 1550-1639, esta comunicação ficará a cargo de Angelo Cattaneo, do Centro de História de Além-Mar da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL) e Universidade dos Açores (UAç). A entrada é livre.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

10 de Junho de 1944! Foi assim...

«No dia 10 de Junho de 1944, "Dia da Raça", foi inaugurado em Lisboa, no vale do Jamor o Estádio Nacional. Mais do que um recinto desportivo, o Estádio assumiu, na época, o papel de uma bandeira propagandística. Era um projecto caro ao recentemente falecido ministro das Obras Públicas, Duarte Pacheco. (...) A ideia de construir um "campo de futebol" com capacidade para 55000 pessoas pareceu a muitos megalómana. (...)
A aposta de Duarte Pacheco ia, no entanto, revelar-se acertada. Logo na inauguração o Estádio Nacional acolheu mais de 60000 pessoas, para uma cerimónia que o DN considerou "uma grande afirmação nacional de optimismo, disciplina e beleza". Presidida por Carmona e Salazar - a quem os "desportistas portugueses" dirigiram um fervoroso agradecimento ("Obrigado pelos séculos fora!"), a festa de inauguração culminaria com um Sporting-Benfica, que os leões ganharam por 3-2, após prolongamento.
Mas a partir daí, o Estádio, enchente atrás de enchente, tornou-se a "casa" da selecção nacional, que aí jogou todos os seus jogos em Lisboa, nos doze anos seguintes. E tal foi a sequência de resultados dos dois primeiros anos que se começou a falar em invencibilidade, e o Jamor passou a ser talismã da selecção.»
Manuel Luís  Mendonça em  Portugal: a história da "equipa de todos nós".

10 de Junho: Inauguração do Estádio Nacional, uma obra documental do cineasta
português António Lopes Ribeiro.

Perfaz hoje exactamente 67 anos sobre a inauguração do então majestoso Estádio Nacional. As cerimónias protocolares investiram características de um verdadeiro acto solene, no sentido da comunhão, união e celebração do Espírito Nacional. Antevia-se com a construção de tal infraestrutura o devir de uma nova época de glórias para o povo português, marcada pela emergência cultural, desportiva e artística. 
Esta foi mais uma prova da força de Portugal, numa época marcada pela devastadora II Guerra Mundial. A tenacidade da empresa desta obra conduziu à materialização de um dos sonhos de um homem que, infelizmente, viveu menos do que seria de esperar. Duarte Pacheco, o grande ministro das Obras Públicas durante os anos de ouro do Estado Novo, projectou nesta obra uma pálida amostra do seu grande sonho de modernização da urbe portuguesa, catapultando o Portugal Imperial para os lugares cimeiros da vanguarda estética e arquitectónica mundial. Infelizmente, a sua morte inesperada acabou por impedir essa revolução artístico-arquitectónica que apenas se viria a concretizar várias décadas mais tarde, seguindo soluções e programas completamente distintos.
A celebração do 10 de Junho, dia de Portugal e da Raça, justamente dedicado Luís Vaz de Camões, um dos nossos maiores, teve em 1944 um sabor particularmente especial e festivo, onde o profano se confundiu com o sagrado e o passado se mostrou férreo no seu apoio à conquista do futuro.
Este momento foi imortalizado pelo nosso grande cineasta António Lopes Ribeiro, responsável pela realização de uma sublime peça documental, hoje elevada ao justo estatuto de obra de arte, tal é a riqueza cinematográfica e fotográfica desta produção. Inspirada pelos grandes filmes de propaganda da altura, 10 de Junho: Inauguração do Estádio Nacional obedece apesar de tudo a um gosto de época, tipicamente português, conferindo-lhe, pela sua singularidade, um lugar exclusivo na história do cinema documental. 

Monumental peça documental da autoria de António Lopes Ribeiro
mostrando a inauguração do Estádio Nacional a 10 de Junho de 1944.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

XXI Festa do Espírito Santo celebrada na Serra da Arrábida

«Nas Festas do Império portuguesas, criadas por Dinis e Isabel, o homem de baixa condição, o pobre ou a criança sobre cuja cabeça era e ainda é colocada a Coroa do Imperador do Espírito Santo, coroa fechada e encimada por uma pomba branca, símbolo tradicional do divino Paráclito, é por assim dizer o profeta do Império do Espírito Santo de amanhã, iniciando o ritual e as festas, tal como se realizavam, a correlação das crenças e das ideias, das classes e das formas (…) a Festa do Império constitui o paradigma simbólico e ritual do projecto áureo português, projecto religioso universal através da iniciativa dionísica, que irá guiar e iluminar singularmente a história nacional no seu período mais fecundo e criacionista.»
António Quadros em Portugal, Razão e Mistério (Vol. 2)

A Associação Agostinho da Silva e a Fundação António Quadros unem esforços para juntos organizarem, no próximo Domingo dia 12 de Junho, a XXI Festa do Espírito Santo, celebrada no Domingo de Pentecostes, em plena Serra da Arrábida. 
Estas celebrações ficarão marcadas pela leitura de alguns textos de Agostinho da Silva, António Quadros e Dalila L. Pereira da Costa, subordinados à temática do Espírito Santo, tão profundamente impregnada no nosso inconsciente colectivo. Com o apoio do Convento da Arrábida - Fundação do Oriente, este encontro de fraternidade espiritual terá início junto ao próprio convento, por volta das 11h, dando-se posteriormente início às actividades anunciadas no programa abaixo divulgado.
A participação neste encontro é livre e aberta a todos os interessados.

(Clicar na imagem para ampliar.)