domingo, 12 de junho de 2011

Às Mães que nos geraram...

Mater Dei, Seio do Mundo

«E a Mulher eleita que o canto incluía, poucas vezes se ouvia.
Agora, que toda a gente pense: Qual o sentido tem para nós o nome da Mãe enquanto não veneramos a vida e a morte numa só vida?
Sois como a água, a natureza correndo livre do céu à terra, o dogma ondulando nas vagas do tempo, o nome de uma Desconhecida: teu esplendor de tanta glória os céus enchendo desta Nação.
Pequena amostra estaria já sobre a terra, com uma sobrecarga de dor. 
Agora, entre risos e frémitos de asas, teus anjos brincam às escondidas pelos quatro cantos do céu. 
Pulverizações, rebentações do mal em múltiplas partículas se espalhando no chão de ontem.
E hoje na terra, sombream-nos ainda um resto de melancolia de tempo ido.
Tudo existindo como passagem. E a senha?
Porque, quem se atreve a indagar por ela?
Mas no grande tumulto inaugural, súbito a corola da Rosa centifólia a nós se abrindo.»

Dalila L. Pereira da Costa em Portugal Renascido.

Detalhe escultórico da igreja românica de S. Romão de Arões.

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