domingo, 31 de março de 2013

Dia de Aleluia!

Celebra-se o Ano da Fé (2012-2013). Buscando-se uma nova evangelização dos povos de Cristo, vive-se nesta Páscoa uma época de renovada esperança.
Cristo Ressuscitou! Aleluia! Aleluia! 


Oração para a Visita Pascal

V. Aleluia! O Senhor ressuscitou 
verdadeiramente! Aleluia!
R. Aleluia! Aleluia!

V. Se ressuscitaste com Cristo, 
procurai as coisas do alto!
R. Aleluia! Aleluia! 

V. Oremos:
Deus eterno e omnipotente, que na Páscoa
da nova aliança oferecestes aos homens, o dom
da alegria e da paz, fazei que realizemos na vida
o que celebramos na fé. Por nosso Senhor.
R. Amen.

sexta-feira, 29 de março de 2013

À Paixão de Jesus Cristo

Enterro de Cristo, pintura portuguesa do séc. XVI da autoria de
Gregório Lopes.

O filho do grão rei, que a monarquia
tem lá nos céus e que de si procede,
hoje mudo e submisso à fúria cede
de um povo, que foi seu, que à morte o guia.

De trevas, de pavor se veste o dia,
inchado o mar o seu limite excede,
convulsa a terra por mil bocas pede
vingança de tão nova tirania.

Sacrílegio mortal, que espanto ordenas,
que ignoto horror, que lúgubre aparato!...
Tu julgas teu juiz!... Teu Deus condenas!

Ah! Castigai, Senhor, o mundo ingrato;
caiam-lhe as maldições, chovam-lhe as penas,
também eu morra, que também vos mato.

Barbosa du Bocage.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Cidadãos da Língua Portuguesa

A edição online do Público de 22 de Março publicou um interessante rescaldo do fórum Onde pára e para onde vai a Língua Portuguesa?, intitulado “Cidadãos da língua portuguesa” sentem-se assaltados pelo Acordo Ortográfico. Vale a pena conhecer as opiniões e algumas conclusões a que chegaram os participantes neste fórum sobre a Língua Portuguesa.
Um artigo para ler, reflectir e distribuir.

(Clicar na imagem para aceder ao artigo.)

terça-feira, 26 de março de 2013

Fernando Pessoa e o Quinto Império na Casa Fernando Pessoa

«Na nossa interpretação, a concepção de Pessoa sobre o Quinto Império, ao nível do conteúdo místico-messiânico, configura acusar uma certa interlocução com autores e/ou correntes messiânicas, nacionais e estrangeiras.»
Afonso Rocha em Fernando Pessoa e o Quinto Império - Vol. II. 

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Conforme foi já aqui descrito, a obra Fernando Pessoa e o Quinto Império, constituída por dois volumes da autoria de Afonso Rocha, marca indirectamente o regresso deste investigador a Sampaio Bruno, através de uma leitura bastante pessoal do pensamento filosófico-esotérico de Fernando Pessoa. Publicada pela UC Editora e recentemente lançada na Universidade Católica do Porto, esta obra será agora apresentada por Manuel Ferreira Patrício na Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, na próxima Quinta-Feira, dia 28 de Março, pelas 18:30. Neste evento estará também presente o autor da obra que proferirá algumas palavras acerca desta e do processo que lhe deu origem.
A entrada é livre e aberta a todos os interessados.

segunda-feira, 25 de março de 2013

De acordo com o desacordo das Caldas

Ainda em relação à deliberação da Câmara Municipal de Caldas da Rainha que, a partir do corrente mês, deixará de obedecer ao (des)acordo ortográfico nos seus ofícios e publicações, também o semanário O Diabo fez questão de felicitar os responsáveis por esta medida na passada edição do dia 19 de Março.
Convém recordar que esta não é a primeira autarquia a tomar esta sábia e patriótica resolução, esperando-se que nos próximos tempos outras mais se possam vir a juntar ao leque de municípios que se negam a pactuar com a enorme "mentira de Estado" que o (des)acordo ortográfico representa.

Notícia retirada da edição d'O Diabo
de 19 de Março de 2013.

domingo, 24 de março de 2013

Câmara das Caldas abandona o (des)acordo ortográfico

É com uma enorme alegria que a Nova Casa Portuguesa partilha uma notícia do passado dia 6 de Março, publicada no Diário de Leiria, dando conta da revogação da aplicação do (des)acordo ortográfico por parte da Câmara Municipal das Caldas da Rainha. À imagem do que fizemos há uns meses atrás em relação ao município da Covilhã, saudámos agora os líderes autárquicos e restantes deputados que patrioticamente votaram em favor desta medida. 
A luta contra a destruição e bastardização da Língua Portuguesa é uma obrigação de todos os portugueses.

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sábado, 23 de março de 2013

Jornada Internacional de Estudos sobre Sto. António de Lisboa

O Gabinete de Filosofia Medieval do Instituto de Filosofia da FLUP (Faculdade de Letras da Universidade do Porto), em colaboração com o Centro Studi Antoniani (Pádua), a Família Franciscana Portuguesa, o Instituto de Estudos Medievais (Lisboa) e o Centro de Estudos de História Religiosa (Lisboa-Porto), organiza um encontro internacional sobre os estudos recentes e investigações em curso em torno da vida, pensamento e influência de Fernando Martins - Santo António (Lisboa c. 1195 - Pádua 1231).
Esta jornada de estudos antonianos, intitulada S. António de Lisboa: Novas Investigações, Vida, Obra, Pensamento, Culto, realiza-se na próximo dia 25 de Março, a partir das 9:00, na sala 203 da FLUP. A entrada é livre, contudo solicita-se a inscrição através do seguinte endereço de correio electrónico: gfm-secretariado@letras.up.pt.

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sexta-feira, 22 de março de 2013

Chegou a Primavera, há andorinhas entre nós

Hoje, na sua coluna de opinião no Público, Miguel Esteves Cardoso delicia-nos com uma prosa poética, descrevendo a chegada da Primavera e de tudo o que ela representa, com todos os seus signos e metáforas. O regresso das andorinhas, animal totémico da Cultura Portuguesa por excelência, deu mote a uma crónica bem mais profunda do que nos poderá à partida parecer. Vale a pena ler e analisar. Afinal, os mitos e tradições podem transformar-se, mas permanecem perenemente entre nós, tal como os ciclos da natureza, desafiando a imortalidade e o tempo.   

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quinta-feira, 21 de março de 2013

Os 167 anos de Rafael Bordalo Pinheiro

Rafael Bordalo Pinheiro é provavelmente o artista português do séc. XIX mais presente no nosso imaginário popular. Irmão do grande pintor Columbano Bordalo Pinheiro, foi também ele um génio artístico, responsável pela criação do Zé Povinho, a célebre personagem colectiva que representa ainda hoje de forma satírica a generalidade do povo português. A sua obra distinguiu-se em várias áreas distintas. Da pintura à caricatura, passando o pelo proto-design, ou pela cerâmica, onde deixou um legado absolutamente notável, Rafael Bordalo Pinheiro revolucionou a arte popular portuguesa, elevando-a um nível de erudição bastante raro até então.
Celebrando-se hoje o 167.º aniversário do seu nascimento, a Google decidiu homenagear este importante nome da cultura portuguesa através da criação de mais um dos seus bonitos doodles.

Doodle evocativo do 167.º aniversário do nascimento de Rafael Bordalo Pinheiro.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Filosofia e Culturas de Língua Portuguesa II

«Portugal é, nos seus trabalhos, antes de mais nada, a língua portuguesa e seus valores; a pátria para Agostinho, como para Fernando Pessoa, é a língua portuguesa. (...)
É através da língua que Portugal constrói o reino; o reino do Espírito, que sopra através da palavra...»
Constança Marcondes César em O Grupo de S. Paulo.

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No seguimento das actividades encetadas no passado dia 20 de Fevereiro, o Grupo de Investigação Raízes e Horizontes da Filosofia e da Cultura em Portugal do Instituto de Filosofia da FLUP (Faculdade de Letras da Universidade do Porto) promove já amanhã, pelas 17:30, nas instalações da faculdade, a segunda sessão do Seminário Permanente dedicado à Filosofia e Culturas de Língua Portuguesa.
Este novo encontro contará com as intervenções de Maria Celeste Natário - Entre Portugal e Cabo-Verde: Pensamento, Poesia e Insularidade - e da Professora brasileira Constança Marcondes César - Entre Brasil e Portugal: Aportações Filosófico-Poéticas.
A entrada é livre e aberta a toda a comunidade.

terça-feira, 19 de março de 2013

La Storia del Portogallo: lingua, miti e prospettiva di un paese dalla proiezione mondiale

No próximo dia 26 de Março decorrerá na cidade italiana de Turim uma conferência de Mario Chiapetto subordinada ao tema La Storia del Portogallo: lingua, miti e prospettiva di un paese dalla proiezione mondiale. Delegado da SHIP (Sociedade Histórica da Independência de Portugal) em Itália, sócio fundador da Associação Internacional dos Colóquios da Lusofonia e do MIL (Movimento Internacional Lusófono), o orador irá abordar nesta sua comunicação alguns dos mais relevantes episódios da História de Portugal, associando-os a aspectos particulares da nossa Alta Cultura e sua respectiva hegemonia além fronteiras.
Esta conferência terá lugar pelas 21:00, na sede da Associazione Culturale "Cultura e Società", situada na Via Vigone n.º 52. A entrada é livre e aberta a toda a comunidade.

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segunda-feira, 18 de março de 2013

Aristokratia n.º1

«A ordem é nas sociedades o que a saúde é no indivíduo. Não é uma cousa: é um estado. Resulta do bom funcionamento do organismo, mas não é esse bom funcionamento. O homem normal só pensa na saúde quando está doente. Do mesmo modo, a sociedade normal só pensa na ordem quando nela aparece a desordem.»
Fernando Pessoa em O Preconceito da Ordem.

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Platão, Friedrich Nietzsche, Fernando Pessoa, Julius Evola, Emil Cioran, René Guénon, Aleister Crowley, H. P. Lovecraft, Georg Brandes, Carl Gustav Jung, Oswald Spengler, Frithjof Schuon, Huston Smith, Nicolás Gómez Dávila, Filippo Tommaso Marinetti e Henry James são apenas alguns dos autores abordados nos vários artigos constituintes do primeiro volume de Aristokratia. Organizada por K. Deva, esta publicação anual procura restituir o elo perdido que outrora ligava a Tradição e a Filosofia, sintetizando e projectando todo um novo plano gnosiológico referente à cultura ocidental. O primeiro volume desta nova publicação materializa o esforço empreendido na tentativa de cruzar novamente estas duas esferas culturais, separadas entre si apenas no mundo ocidental.
Para além da participação de José Almeida, com um artigo acerca do conceito de utopia em Fernando Pessoa e Emil Cioran, este primeiro volume de Aristokratia contém ainda as participações de Marek Rostkowski, K. R. Bolton, Brett Stevens, Boris Nad, James O'Meara, Alexander Shepard, Otto Heller, ou Gwendolyn Taunton, directora da publicação periódica Mimir: Journal of North European Traditions.
Publicada através da editora indiana Manticore Press, a Aristokratia pode ser adquirida através da Amazon, tendo um custo de 29,95 dólares. Uma leitura recomendada a todos os aristocratas de espírito.

Lista de conteúdos e colaboradores

Aristocratic Radicalism: The Political Theory of Friedrich Nietzsche
- Gwendolyn Taunton

Amrtam Ayur Hiranyam: Julius Evola’s Notion of Eschatology
- Marek Rostkowski

Faustianism & Futurism: Analogous Primary Elements in Two Doctrines on European Destiny
- K. R. Bolton

Utopia in Fernando Pessoa and Emil Cioran
- José Almeida

Nicolás Gómez Dávila: Aphorisms Against the Modern World
- Gwendolyn Taunton

The Exaltation of Friedrich Nietzsche
- Otto Heller

Guénon against the world: The Difference Between Primordial and “Enlightened” Metaphysics
- Alexander Shepard

The Return Of Myth
- Boris Nad

The Primordial Tradition
- Gwendolyn Taunton

Confrontation with Nothingness: The Amorality, Nihilism and Isolation of a Leader
- Brett Stevens

The Political Aspects of Crowley’s Thelema
- K. R. Bolton

The Corner at the Center of the World: Traditional Metaphysics in a Late Tale of Henry James
James O'Meara

The Trinity of Void: The Philosophy of Azsacra Zarathustra
- Gwendolyn Taunton

The End
- Kalki

Vídeo promocional do primeiro volume de Aristokratia.

domingo, 17 de março de 2013

Onde pára e para onde vai a Língua Portuguesa?

Desde a sua obscura origem, até ao início da sua ilegal e criminosa aplicação, o novo acordo ortográfico tem vindo a revelar-se um pomo de constante discórdia quanto ao futuro da Língua Portuguesa, aquém e além-mar. Aos que se preocupam com a sua preservação e defesa opõem-se, grosso modo, aqueles que a pretendem bastardizar, corromper e vender em nome de conspurcados interesses pessoais ou outros, igualmente pouco honrosos, de âmbito político-económico. Não estranhamente, tendo em conta os ventos contrários à razão que tristemente predominam durante os últimos tempos na nossa sociedade, têm sido os segundos a aparentemente levar a melhor, do ponto de vista institucional, face aos primeiros. Esta razão prende-se com aquilo a que António Emiliano chamou de “mentira de Estado”, um conjunto de ardilosos endrominanços políticos responsáveis pela condução do actual rumo dos acontecimentos, encobrindo um já proclamado culturicídio, caracterizado pela destruição a partir de dentro da Língua Portuguesa.
Pensando neste grave problema e atendendo à necessidade vital de o discutir para o resolver, Ana Isabel Buescu (FCSH-UNL), Maria Filomena Molder (FCSH-UNL) e Teresa Cadete (FLUL) organizam no próximo dia 20 de Março, pelas 18:00, Onde pára e para onde vai a Língua Portuguesa?, um importante encontro de discussão acerca da nossa língua. Este terá lugar no Auditório 1 da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, localizada na Av. de Berna, em Lisboa, contando com as participações de Abel Barros Baptista, Ana Silva, António Guerreiro, Hermínia Castro, João Bosco Mota Amaral, Jorge Buescu, José Luís Porfírio, José Pedro Serra, Maria Alzira Seixo, Miguel Sousa Tavares, Nuno Pacheco e Pedro Afonso.
Este Fórum sobre a Língua Portuguesa é de entrada livre e, pela importância que a temática encerra, exige-se a presença crítica e consciente de todos nós.

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sábado, 16 de março de 2013

O Desejado, Cavaleiro do Sonho e do Desejo

Afonso Lopes Vieira fitando o Atlântico.

O Desejado

Cavaleiro do Sonho e do Desejo,
guarda no santo Graal,
com a nossa Saudade e o nosso Beijo,
- o sangue de Portugal.

Sonho de além e de glória,
há tanto, há tanto
o sonha um Povo inteiro!
Maravilha e encanto
da nossa história:
- oh Manhã de Nevoeiro...

Oh manhã misteriosa
que alvoreces em nós teu rompante claror,
teu messiânico alvor,
manhã de além, alva saudosa,
- tu és nossa força que não passa,
teu sonho em nós revive ao longe e ao perto,
manhã sem dia, oh manhã de Graça,
em que há de vir o Encoberto...

Místico Paladino iluminado,
que ao areal arrastou nossa alma em flor
e jogou a sorrir nosso destino e sorte,
ele era vivo antes de Desejado,
ele era vivo em nosso sonho e amor,
- e nunca o levou a morte!

Ele é vivo e é eterno! Horas ansiadas
em que o sinto, no meu sangue, em mim...
Ele vive nas Ilhas Encantadas
da nossa alma sem fim...

E, oh maravilha!
em toda a hora do perigo e do temor,
o Encoberto volta da sua Ilha,
e salva-nos, e salva-nos, Senhor!...

E a Esperança imortal,
surda palpita na manhã rompente!
Cerra-se a névoa alucinadamente,
Portugal boia no nevoeiro...

E o Cavaleiro
do Sonho e do Desejo
guarda no Santo Graal,
com a nossa Saudade e o nosso Beijo,
- o sangue de Portugal.

Afonso Lopes Vieira em Ilhas de Bruma.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Fernando Pessoa e o Quinto Império

«Se se quiser reforçar através da obra de Pessoa, poesia ou prosa, o que se vem dizendo sobre o carácter "iniciático" e "templário" da sua posição religioso-esotérica, constatar-se-á que não é grande a penosidade que inere a uma tal decisão. Com efeito, é sem grandes delongas que se constata que Pessoa exprimiu o seu misticismo esotérico, quer nos seus poemas, quer no seu pensamento em prosa.»
Afonso Rocha em Fernando Pessoa e o Quinto Império - Vol. I

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Em 2011 Afonso Rocha recebeu o Prémio António Quadros, da Fundação António Quadros, pela obra Natureza, Razão e Mistério. Para uma leitura comparada de Sampaio (Bruno), publicada pela INCM (Imprensa Nacional-Casa da Moeda). Com o seu novo livro Fernando Pessoa e o Quinto Império, uma obra em dois volumes, Afonso Rocha regressa indirectamente a Sampaio Bruno, através de uma leitura bastante pessoal do pensamento filosófico-esotérico pessoano.
Recentemente publicada pela UC Editora esta obra será apresentada amanhã por António Braz Teixeira. O Lançamento está agendado para as 18:30, no Auditório das Pós-Graduações da Universidade Católica do Porto. A entrada é livre e aberta a todos os interessados.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Caminhada pelos trilhos de Basto

No seguimento das várias caminhadas que têm vindo a ser promovidas no âmbito da Rota do Românico, aproveitamos a oportunidade para divulgar mais um interessante evento de pedestrianismo, organizado pela Sentir Património já no próximo dia 17 de Março. Desta feita os participantes poderão percorrer os mais belos trilhos de terras de Basto, começando no Castelo de Arnoia e terminando no belíssimo Festival das Camélias.  
Trata-se de um percurso de aproximadamente 14 km, com um grau de dificuldade média. Para os que nunca participaram neste género de actividades, fica desde já lançado o repto para um Domingo diferente, passado na companhia de bons camaradas de caminhada, algures entre a beleza do património histórico e natural. Largue a comodidade do sofá e atreva-se a conhecer um pedaço do nosso Portugal!

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quarta-feira, 13 de março de 2013

Mais uma crónica do democrático Portugal

«Retórica, mentalidade de comício, processos eleiçoeiros, que nos inferiorizam, que são os maiores obstáculos para uma obra desempoeirada, renovadora e sã.»
Dr. António de Oliveira Salazar em 1932. 

Mais um triste episódio da pérfida democracia portuguesa.

Para aqueles que continuam insistentemente a puxar dos galões de toda a sua incultura, apelidando o nosso antigo Presidente do Conselho como um perigoso tirano e ditador sanguinário voltamos a recordar: vocês estão errados. O Dr. António de Oliveira de Salazar tinha apenas três defeitos, ou seja, o de gostar e acreditar nos portugueses bem mais do que eles mereciam e, claro está, o facto de ser demasiado brando... Na realidade o nosso último chefe de Estado digno desse estatuto deveria ter sido três vezes mais brutal do que aquilo que os ditos "democráticos" o acusam de ter sido. E digo mais brutal, porque, só assim se conseguirá um dia limpar esta nefasta sociedade na qual a custo vamos hoje procurando miseravelmente sobreviver. Portugal padece de um cancro desde Abril de 1974. Como tal, Portugal precisa de um tratamento oncológico. Tal como o pior cego é aquele que não quer ver, convém lembrar que pior doente é aquele que não quer tratar-se.
A natureza subversiva dos pensamentos capitalista e marxista, aliados a outros interesses de âmbito pessoal, nacionais e internacionais, tem arrastado a nossa Pátria para a lama. Com a Pátria afunda-se também o nosso povo, cada vez mais caído na desgraça do neo-esclavagismo. Os culpados? Os próprios portugueses em geral, responsáveis pela miopia revelada pelas suas 'democráticas' escolhas, e em particular a habitual classe político-parasitária que, no meio da caótica divisão instaurada, consegue governar-se em proveito próprio. Como se não bastasse, os mercenários que pilham e violam diariamente a nossa integridade psico-espiritual ainda se divertem fazendo-o. O forte povo feito fraco concede, cala, rebaixa-se, deixa-se calcar e anular enquanto os outros se riem, brincando à política e aos monopólios vários.
O último triste episódio ocorreu na Assembleia Regional da Madeira quando Alberto João Jardim em resposta a José Manuel Coelho por este lhe ter oferecido um fato de presidiário, lhe entregou uma fotografia de um burro. Esta é a realpolitik do democrático Portugal. Do Portugal desvirtuado da sua História, da sua Missão, da sua Herança e da sua Força telúrica e espiritual. Do Portugal cansado e sem forças, desamparado como os seus velhos e abandonado como os seus jovens.
Perguntámos! É este o Portugal que nos prometeram? Ainda haverá quem se indigne por os bons Portugueses que ainda restam pedirem a forca para toda esta escumalha assassina que constitui a auto-proclamada classe política da III República?
Cansamo-nos... Não só da linguagem democrática de que nos fala Alberto Araújo Lima, mas também do seu conteúdo. Vazio, tão cheio de nada além das suas perversas e obscenas mentiras.

terça-feira, 12 de março de 2013

Os Bárbaros do Ocidente Medieval na FLUL

Uma das principais valências da História é a possibilidade dessa prodigiosa ciência humana nos transmitir um profundo conhecimento relativo à acção e origens materiais da carga genética que carregamos. Hoje, mais do que em qualquer outro momento ou período da História, é absolutamente imperioso conhecer o nosso passado. Num período de choque civilizacional, no fim e uma era, à importância de conhecermos a história nacional acresce também a necessidade de aprofundarmos a raiz da nossa memória ancestral, de forma a podermos reclamar de um modo esclarecido a nossa herança civilizacional, com tudo o que nela nos aproxima e afasta dos restantes povos da velha Europa.
No próximo dia 1 de Abril terá início um curso subordinado ao tema História dos Povos e das Culturas: Os Bárbaros do Ocidente Medieval que se prolongará até 30 de Abril. Dirigido por José Varadas do Centro de História da FLUL (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa), este seminário abordará ao longo de 5 sessões os percursos históricos dos seguintes povos responsáveis pelo moldar da Europa medieval: alanos, godos, suevos, vândalos, francos, anglos, saxões, burgúndios, lombardos e vikings. 
A não perder.

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segunda-feira, 11 de março de 2013

O pecado desportivo da vida nacional

Já em 1940, Augusto da Costa alertava-nos no seu livro Os 7 Pecados Mortais da Vida Nacional para os perigos saídos do fanatismo desportivo, criticando:
«Têm-se feito campanhas contra a ferocidade das corridas de toiros; seria também justo fazer uma campanha contra a ferocidade dos hábitos desportivos.»
O mesmo autor acrescentou:
«Há jogos que, não tendo em si nada de selvagens, como o jogo da bola, se tornam, pelo fanatismo dos que o praticam, em verdadeiras guerras de morte. As pernas e as cabeças partidas são o pão nosso de cada dia nos desafios de grande importância; por vezes, o próprio árbitro, autoridade suprema dentro do campo, sai de lá com o corpo tão combalido de pancadaria como o mais entusiasta dos jogadores; e cidades e aldeias passam a odiar-se umas às outras simplesmente por turras desportivas.»
Incidentes entre adeptos do Vitória de Guimarães e do Sporting Clube de Braga
registados durante uma recente partida de futebol. 

As críticas poderão parecer duras, mas infelizmente elas não poderiam ser mais verdadeiras e actuais face aos últimos acontecimentos ocorridos nos nossos estádio de futebol e suas imediações. Como todos sabemos, até à modernização dos estádios portugueses, por altura do Euro 2004, os selvagens adeptos ficavam atrás de inestéticos gradeamentos que procuravam proteger os jogadores e equipas de arbitragem da sua fúria e barbarismo. Contudo, a fé de que o país e os adeptos de futebol teriam desenvolvido uma consciência cívica  aliada a um apuramento do sentido de urbanidade, levou ao gradual desaparecimento de grande parte dessas barreiras defensivas. A paulatina substituição do policiamentos pela segurança privada nos desafios de futebol, salvo os jogos de maior risco como os grandes clássicos, permitiu aos clubes pouparem muito dinheiro. Um motivo de regozijo para os "clubes-empresa" do desporto moderno, numa época em que a demolidora crise agrava velhos problemas financeiros.
As crises económicas originam convulsões sociais, reanimam as rivalidades, instalam o caos, fazem florescer as perturbações da ordem pública através de um ódio nem sempre motivado ou orientado contra os verdadeiros inimigos da sociedade e dessa cada vez mais utópica fantasia designada por bem-comum. Queremos com isto dizer que o desporto, ou melhor, a violência justificada por ele, funciona sociologicamente como uma válvula de escape primária para os problemas de uma sociedade. A História diz-nos que temos razão, assim como os factos que dela interpretámos para chegarmos a estas conclusões. Se a lógica de Gustave Le Bon, autor de Psicologia das Multidões, nos leva a concluir que o desejo de vencer é tão vivo no campo desportivo como militar, a mesma também nos faz reflectir acerca do clima de paz podre que respiramos, num momento caracterizado pela necessidade de mudança. Vivemos num período de acentuada decadência dentro de uma Idade já de si decadente. O retrocesso sócio-cultural e civilizacional está à vista de todos e, pior cego é aquele que não quer ver. Confrontos como os que foram registados no final do mês passado, logo no início do desafio entre o Vitória de Guimarães B e o seu rival Sporting Clube de Braga B, impedindo a realização da partida são sinais disso mesmo. Ódios e rivalidades invocados por meras manifestações desportivas, sobretudo quando materializados de forma primária e violenta, representam sinais claros de decadência, degeneração e deformação psicossocial. Um duro revês face aos nossos históricos princípios civilizacionais e civilizadores. 
Por outro lado, o desleixe e a demissão das suas respectivas responsabilidades por parte do Estado, das direcções dos clubes e das próprias autoridades responsáveis pela manutenção da segurança e da ordem pública, reflectem o estado da nossa nação - sem rei nem lei, sem paz nem guerra. Portugal, o teu redespertar já tarda!          
Como que rematando uma qualquer análise contemporânea em jeito de reflexão face ao presente fenómeno de violência ligada ao mundo futebolístico, Augusto da Costa concluiu, uma vez mais com impressionante acutilância:
«...em vez da mens sana in corpore sano, o que encontramos, como resultado de vários factores conjugados, é abastardamento físico cada vez maior, e embrutecimento intelectual cada vez mais perigoso.» 

domingo, 10 de março de 2013

História Politicamente Incorrecta do Portugal Contemporâneo

«Ao contrário do que se possa pensar, este livro não desfaz apenas os mitos progressistas. Sim, os mitos da esquerda, a Rainha de Copas da nossa memória, são o alvo principal. Mas, nas entrelinhas, alguns mitos das direitas também são desfeitos. Porquê? Bem, porque boa parte dos nossos direitistas ainda pensa que ser de direita é o mesmo que dizer o exacto contrário da esquerda. E daí resulta a criação ou manutenção de mitos tão preguiçosos como os mitos da esquerda. Sem o saber, grande parte da nossa direita continua colonizada pela esquerda.»

(Clicar na imagem para ampliar.)

Henrique Raposo, jovem investigador académico, mais conhecido enquanto cronista do Expresso, acaba de afrontar os principais arautos da inverdade histórica instalados na nossa sociedade, lançando no mercado livreiro um inflamado volume de farpas dedicado à análise historiográfica dos nossos últimos 150 anos – a História Politicamente Incorrecta do Portugal Contemporâneo. Incómodo e indigesto para muitos, este livro desfia um novelo de factos, derrubando velhos mitos e deixando a nu a última centúria e meia de anos da nossa história.
Quantas vezes fomos já confrontados com a mentira de uma suposta natureza beata de Salazar, resultante de uma estreita relação com a Igreja Católica, ou com a responsabilidade do antigo Presidente do Conselho no atraso de Portugal e no nosso isolamento face à comunidade internacional? A que se deveu o facto de procurarem fazer-nos acreditar na incapacidade e falta de vontade do Estado Novo em combater o analfabetismo? Terão sido as políticas africanistas e luso-tropicalistas inspiradoras de um Portugal imperial feito do Minho a Timor uma parafilia megalómana exclusiva das direitas portuguesas? Por que razão se prega a mentira de que devemos a Mário Soares e aos socialistas a entrada de Portugal na CEE? Será o domínio cultural da esquerda uma realidade e inevitabilidade histórica? Quem terá sido o grande vencedor do 25 de Novembro, Álvaro Cunhal ou a democracia? Estas são algumas das questões colocadas e respondidas por Henrique Raposo em História Politicamente Incorrecta do Portugal Contemporâneo, obra recentemente publicada pela editora Guerra & Paz e que muito dificilmente passará despercebida.
Uma das primeiras conclusões desvendada neste livro passa pela denúncia da ambiguidade de duas das mais incontornáveis figuras da política portuguesa do século XX – António de Oliveira Salazar e Mário Soares. Sobre estas duas figuras, às quais poderemos juntar uma terceira, Álvaro Cunhal, edificam-se hoje os grandes pilares do novíssimo testamento histórico do Portugal contemporâneo. Um testamento pejado de falsos ídolos que, invocando os princípios da cosmética platónica, os artífices da mentira ajudaram a construir criando uma conveniente mas falsa memória de um povo míope, conscientemente cultivado pela incultura durante a III República.
Na introdução à sua História Politicamente Incorrecta do Portugal Contemporâneo, Henrique Raposo esclarece assertivamente o leitor acerca dos principais alvos que almeja abater com olímpica precisão, isto é, os mitos da esquerda que poluem a nossa memória histórica mais recente. Com isto, o autor acaba igualmente por demonstrar através da formulação dos seus ensaios de interpretação histórica de que forma a nossa direita permanece colonizada por uma esquerda hábil e camaleónica, deitando por terra algumas torres de marfim constituintes do imaginário mito-político das várias direitas portuguesas.
Trata-se de uma obra a ler atentamente, de uma forma descomplexada e livre de preconceitos, devendo-se no final reflectir a fundo sobre ela. Afinal, as soluções para os problemas do Portugal presente e futuro poderão estar matizadas nas frinchas do grande muro das inverdades que, lamentavelmente, não nos permite olhar para o nosso horizonte.

sábado, 9 de março de 2013

Alfredo Pimenta visto por António José de Brito

«Conheci Alfredo Pimenta, o homem mais sábio de Portugal. Uma biblioteca esplêndida, 20000 volumes. Baixinho. E como uma criança, sensível, orgulhoso. Mas escreve maravilhosamente. Depressa nos tornámos amigos.»
Mircea Eliade na entrada do dia 19 de Fevereiro de 1942 do seu Diário Português

Alfredo Pimenta é hoje injustamente esquecido nos anais da Cultura portuguesa do Século XX. Historiador de grande craveira, polemista acérrimo e radical nas suas firmes convicções, foi um importante vulto das nossas letras e estudos humanísticos. Não podemos também descurar um outro lado de Alfredo Pimenta - o de doutrinador político. O seu percurso, aliado à sua complexa personalidade e forte carácter, tornaram-no entre os meios antagonistas ao seu posicionamento político numa figura odiosa e irascível. Em resposta a esses ventos contrários ao seu destino triunfante respondeu sempre com bastante carisma e uma força granítica, típica do seu carácter minhoto e em particular vimaranense. A sua vida influenciou inúmeras gerações de portugueses que nele viram o exemplo da sabedoria e da capacidade hercúlea de manter-se sempre fiel à sua linha e às suas raízes.
António José de Brito foi uma dessas personalidades que viu em Alfredo Pimenta um mestre e orientador doutrinário. A edição do passado dia 5 de Março do semanário O Diabo traz um importante texto deste filósofo portuense, onde partilha o seu testemunho acerca do seu mestre Alfredo Pimenta.
Um texto para ler, reflectir e partilhar.         

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quinta-feira, 7 de março de 2013

Gestão em rede dos Museus Militares do Exército

Os Museus Militares do Exército, espalhados um pouco por todo o país, representam um importante papel na manutenção da nossa memória histórica, em particular no que concerne à instituição castrense, tão presente na História de Portugal, desde a Fundação até aos nossos dias.
O livro de Francisco Amado Rodrigues e Mariana Jacob Teixeira, intitulado Museus Militares do Exército: Um Modelo de Gestão em Rede, vem enriquecer a importância desses núcleos museológicos, potencializando-os através da sua organização e respectiva sistematização. Lançado pelas Edições Colibri, este livro será apresentado no próximo dia 11 de Março, pelas 15:00, na Sala de Reuniões da FLUP (Faculdade e Letras da Universidade do Porto).
A entrada é livre e aberta a toda a comunidade.  

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terça-feira, 5 de março de 2013

Os 55 anos de carreira de Simone de Oliveira

Simone de Oliveira é, tal como Amália Rodrigues, uma personalidade que representa a alma e o carácter feminino do povo português. Elemento sintetizador da tradição e do lado bom da modernidade, a artista portuguesa celebra este ano os seus 55 anos de carreira com um novo disco. Provavelmente cantado mais com o coração do que com a voz, este registo marca sem dúvida alguma um ponto de reflexão acerca da vida e a carreira artística de uma lutadora e amante da vida.
A SIC Notícias passou recentemente uma pequena entrevista com a eterna diva portuguesa. Vale a pena conhecer a sua história e a visão sobre a nossa sociedade, assim como o modo crítico com que olha para actualidade nacional. 


segunda-feira, 4 de março de 2013

Grandes Chefes da História de Portugal apresentados em Lisboa por Jaime Nogueira Pinto

Um dos mais graves problemas do Portugal contemporâneo assenta na sua incapacidade para criar escóis. A quase inexistência de verdadeiras e genuínas elites, alheias a constrangimentos provocados pelos interesses instaurados, tem vindo a revelar-se um funesto veneno para a Pátria Portuguesa. A dificuldade em encontrar um antídoto capaz de solucionar este problema, invertendo o pesado cenário de crise em que mergulhámos, levou Ernesto Castro Leal e José Pedro Zúquete a meditarem acerca da problemática da liderança em Portugal. Um diálogo que culminou na organização conjunta da obra Grandes Chefes da História de Portugal agora editada pela Texto Editores. O lançamento oficial deste livro está agendado para a próxima Quarta-Feira, dia 6 de Março, pelas 18h30, na livraria Leya na Buchholz, em Lisboa. Para além das presenças dos dois organizadores deste volume e de alguns dos seus co-autores, este evento contará ainda com uma apresentação geral da obra que ficará a cargo do incontornável Jaime Nogueira Pinto.

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domingo, 3 de março de 2013

Dalila L. Pereira da Costa: um ano de Saudade

«Aqui, tudo se resumirá do meu lado, a uma receptividade ou aquiescência.
Esperar, receber ou surpreender uma coisa.
E agora, também pela primeira vez, o sentido das palavras sagradas se desvenda.
Na terra, a boa vontade dos homens, é resposta à Glória de Deus nas alturas.
Toda a criação é louvor. 
Onda que desce do alto e ao alto volta a subir.
Em círculo fechado de anjos.»

Dalila Lello Pereira da Costa (1918-2012), a eterna sibila da Cultura Portuguesa.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Diálogos com a Ciência IV: O Eu e o Nós em Sociedade

O mês de Março marca o já esperado regresso do Ciclo de Conferências Diálogos com a Ciência, organizados pela Reitoria da Universidade do Porto, sob o comissariado de Vicente Ferreira da Silva. A 4.ª edição desta iniciativa será subordinada à temática O Eu e o Nós em Sociedade e terá início no próximo dia 7 de Março, pelas 21:30, nas instalações da Reitoria da Universidade do Porto. Os oradores convidados para esta primeira sessão serão Paulo Borges e Paulo Morais.
Este ciclo decorrerá até ao próximo dia 8 de Maio, estando já disponíveis os nomes dos restantes oradores e respectivas datas das suas conferências. A entrada é livre e aberta a toda a comunidade.   

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