domingo, 27 de abril de 2014

Vasco Graça Moura (1942-2014)

«não és mais do que as outras, mas és nossa,
e crescemos em ti. nem se imagina
que alguma vez uma outra língua possa
pôr-te incolor, ou inodora, insossa,
ser remédio brutal, mera aspirina,
ou tirar-nos de vez de alguma fossa,
ou dar-nos vida nova e repentina.
mas é o teu país que te destroça,
o teu próprio país quer-te esquecer
e a sua condição te contamina
e no seu dia-a-dia te assassina.»

Excerto do poema Lamento para a língua portuguesa de Vasco Graça Moura.


Por certo, Vasco Graça Moura fará a sua ascensão aos céus na companhia do Anjo de Portugal! Merece-o por todo o amor e dedicação consagrados à Pátria.
A nós, portugueses e europeus, resta-nos agradecer o trabalho que nos legou, bem como o esforço e dedicação que empregou na preservação do nosso património cultural e civilizacional. Honremos a sua memória e saibamos prosseguir vitoriosamente as suas lutas, em particular, aquela que nos move em prol da defesa e preservação da Língua Portuguesa!