terça-feira, 29 de setembro de 2015

Defende nos in proelio

Quanto ao Anjo de Portugal ser ou não S. Miguel, trata-se de uma velha questão cuja discussão se arrasta há já vários séculos. São vários os autores incluindo teólogos e eclesiásticos que apontam para a forte possibilidade do Anjo Custódio de Portugal ser de facto S. Miguel. Leia-se, por exemplo, os vários escritos do Padre Oliveros de Jesus Reis acerca desta matéria.
Portugal foi, provavelmente, a nação europeia com maior apego e devoção pelo seu Anjo Custódio. Uma tradição que, infelizmente, perdeu o seu fulgor, não obstante os esforços levados a cabo durante o século passado no sentido de recuperar esse culto.
Hoje, em termos de calendário litúrgico da Igreja Católica Romana o dia de S. Miguel é celebrado a 29 de Setembro, juntamente com os restantes arcanjos. Sendo Portugal uma nação católica, celebra-se liturgicamente esta mesma data entre nós, deixando-se o dia 10 de Junho para a celebração consagrada em exclusivo ao Anjo de Portugal.
Celebrar S. Miguel é celebrar Portugal e a sua vitória! Defende nos in proelio!

domingo, 27 de setembro de 2015

O endeusamento da opinião e a entronização das urnas

Em vésperas de mais umas eleições legislativas, os portugueses parecem encontrar-se novamente mergulhados na dúvida e incerteza sobre quem melhor poderá liderar os destinos da Pátria. Presentemente, apenas podemos falar em liderança e jamais em chefia. Há muito destituída de um chefe capaz de zelar e fazer confluir os seus interesses, comuns aos destinos de todos os verdadeiros portugueses, a Pátria encontra-se aprisionada pelo banditismo destruidor e usurpador de uma partidocracia republicana, mais interessada em dividir para reinar, do que em cuidar pelo nosso bem-comum. 
Ostracizados de forma mais ou menos consciente por um regime votado à analfabetização funcional de cada indivíduo, os portugueses são novamente chamados a assinar de cruz. Um gesto de ilusória liberdade e consciente responsabilização por parte de uma máquina opressora que se sabe legitimar. 
Lúcido e incisivo, Álvaro Ribeiro alertou-nos logo em inícios da década de 1980 para o que se estava a passar no Portugal pós-25 de Abril de 1974, sabendo também apontar a raiz do problema, conforme podemos ler neste interessante excerto retirado do 3.º volume da sua obra Memórias de um Letrado:
«Destituídos de verdadeira educação cívica, nem os adolescentes nem os adultos se encontram filosoficamente aptos a votar, a escolher e a decidir sobre cada um dos diferentes e diferenciados problemas de que se ocupam quantos exercem as mais altas funções na administração de República. A instrução recebida, a parcialidade, da ciência ou da técnica, no dizer de Spencer, habilita-os muito mais a negar do que a afirmar, a destruir do que a construir, a actuar em massa do que a reflectir em solidão. A doutrina platónica, vigente na Idade Média, primava em estabelecer que só a educação filosófica poderia garantir ao príncipe o direito de ser corado rei, mas na Idade Moderna a luta contra a monarquia foi tomando aspectos de luta contra a filosofia até culminar no paradoxal endeusamento da opinião e no ritual absurdo de entronização das urnas ou das armas.»
Capa do 3.º volume da obra Memórias de um
Letrado
, do filósofo português Álvaro Ribeiro. 

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

À conversa com Pascoaes no Café-Bar

E disse-lhe a saudade:
- Parte! Regressa, enfim, ao Paraíso!
Cultivarás aquela terra antiga
com tuas mãos, restituindo-a
ao primitivo e mágico esplendor.
Teixeira de Pascoaes em Marânus

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No próximo dia 12 de Setembro assinala-se o regresso de Teixeira de Pascoaes a um dos seus espaços predilectos na cidade de Amarante - o histórico Café-Bar. Trata-se da inauguração de uma escultura em tamanho real que homenageia um dos mais ilustres clientes que passaram por aquele estabelecimento localizado bem no coração da cidade de Amarante, junto ao icónico Mosteiro de S. Gonçalo.
Esta inauguração, com hora marcada para às 14:30, será antecedida da parte da manhã por uma mesa-tertúlia moderada por Sofia Carvalho, onde se destacam os nomes de Manuel Ferreira Patrício, António Feijó e Hermínia Vasconcelos Mota.
Esta actividade integrada no Triénio Pascoalino (2014, 2015 e 2017) tem entrada livre e é aberta a toda a comunidade.  

sábado, 5 de setembro de 2015

O Modernismo Brasileiro e o Modernismo Português

No ano em que se comemora o centenário da histórica revista Orpheu a INCM (Imprensa Nacional - Casa da Moeda) publica O Modernismo Brasileiro e o Modernismo Português. Uma importante obra da autoria de Arnaldo Saraiva consagrada à análise dos movimentos modernistas português e brasileiro, tendo em consideração todas as suas diferenças e semelhanças. 
Esta obra será apresentada no próximo dia 12 de Setembro, pelas 19:00, na Galeria da Biblioteca Almeida Garrett, no Porto. Esta apresentação, incluída no programa de actividades da Feira do Livro do Porto, integrará ainda um debate subordinado à temática desta obra e às comemorações do primeiro centenário da revista Orpheu, contado com as presenças e intervenções de Arnaldo Saraiva, Francisco Guimarães, Francisco Topa e Maria Luísa Malato.
A entrada é livre e aberta a toda a comunidade. 

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