domingo, 28 de maio de 2017

28 de Maio: Revolução Espiritual

A Revolução Nacional de 28 de Maio de 1926 serviu de exemplo para vários líderes políticos mundiais, tendo sido, provavelmente, ao longo do século XX, o episódio da política portuguesa mais estudado e comentado no plano internacional. Foram vários os intelectuais que, de forma atenta e sistemática, estudaram este nosso acontecimento histórico, analisando as suas consequências e implicações na vida política, económica e social de Portugal. Mircea Eliade - notável autor romeno que viveu entre nós durante quase toda a II Guerra Mundial -, foi uma dessas personalidades que se debruçaram sobre o estudo do 28 de Maio. No seu livro Salazar e a Revolução em Portugal, Mircea Eliade defende que o 28 de Maio foi também uma "Revolução Espiritual", escrevendo:
«Era uma altura favorável para uma reintegração da política portuguesa no espírito da sua tradição e da sua história. Claro que para os militantes da extrema-esquerda, era uma altura muito favorável para a integração da política portuguesa num outro ciclo, supra-histórico: e não restam dúvidas de que, se o movimento de 28 de Maio não tivesse acontecido e se Salazar não tivesse existido, Portugal teria conhecido, com uma duração dificilmente previsível, uma revolução comunista. Era a consequência lógica, necessária, da revolução iniciada no século XIX e que se tinha desenrolado numa contínua oposição para as instituições tradicionais. A revolução comunista que sem dúvida se seguiria à anarquia demagógica do regime de António Maria da Silva, não teria sido senão uma forma apocalíptica do processo de europeização a qualquer custo e de deslusitanização de Portugal, ideal com que sonhara a geração de Coimbra e todos os representantes da vida pública dos últimos anos da Monarquia.
Mas como Salazar era católico e nacionalista e como o movimento de 28 de Maio era essencialmente um movimento de resistência nacional, o momento histórico não podia ser utilizado a não ser num sentido de reintegração da política portuguesa na linha da sua tradição. Isso significa, com certeza, não apenas uma oposição clara ao comunismo, mas, sobretudo, uma acção de liquidação gradual, mas eficaz, dos últimos modelos que ainda sobreviviam, fossilizados ou degenerados, do espírito demoliberal.
»
Exemplares da edição italiana e portuguesa da obra
Salazar e a Revolução em Portugal.

terça-feira, 23 de maio de 2017

Nossa Senhora na Literatura Portuguesa

Portugal foi ao longo da sua História uma Pátria marcada pelo signo de Cristo, tendo sido escolhida desde cedo, por vontade Divina, para tornar-se numa terra dedicada à Nossa Senhora. Ao longo dos séculos a presença da Virgem tem marcado os desígnios e os trilhos espirituais da nossa Pátria e do nosso Povo. Esta importante presença, em tudo definidora da Fé dos portugueses, encontra na religião, mas também na poesia, literatura e tradição popular o seu testemunho vivo.
Assim, aproveitando a comemoração do Centenário das Aparições de Fátima, o ciclo Foz Literária, dedica a sua sessão de amanhã à presença de Nossa Senhora nas letras portuguesas. Contando com a as presenças de José Valle de Figueiredo, Cuca Sarmento, Inês Taveira, Irene Costa Marques, Leonor Trigueiros e Rosa Leal, este encontro está marcado para as 18:30, no Forte S. João da Foz, no Porto. 
 A entrada é livre e aberta a toda a comunidade.  

(Clicar na imagem para ampliar.)

sábado, 20 de maio de 2017

A luta contra o AO90 como desígnio do amor por Portugal

José Pacheco Pereira, junto com Jorge Coelho, voltou à carga contra o AO90. As suas duras críticas contra este desastroso acto da diplomacia nacional que, como sabemos, nasceu de um triste acto administrativo do Estado português, não são de agora. Da óbvia bastardização da língua portuguesa, passando pelo empobrecimento desta numa perspectiva de futuro, Pacheco Pereira referiu numa das últimas edições do programa "Quadratura do Círculo", na SIC Notícias, o perigo da imposição do AO90 nas escolas e a sua directa relação com destruição de um património ligado às raízes latinas da nossa língua. O comentador teve ainda muita razão quando associou o AO90 ao fenómeno de decadência e degenerescência cultural da actual sociedade portuguesa, onde os próprios naturais de Portugal apresentam dificuldades notórias na aprendizagem da sua língua materna. 
O discurso, obviamente, agrada aos defensores da língua portuguesa que, de forma heróica e abnegada, combatem o (des)acordo ortográfico. No entanto, convém recordar que, para além das palavras, nos devem também interessar os actos. Neste capítulo, José Pacheco Pereira portou-se mal ao aceder à publicação de algumas das suas mais recentes obras segundo o malfadado (des)acordo ortográfico.
De resto, este não é um caso único de incoerência. Recordemos, por exemplo, Francisco José Viegas, outro opositor do AO90, que depois de tornar-se Secretário de Estado da Cultura, durante o XIX Governo Constitucional, se remeteu ao silêncio e à inacção quando poderia, efectivamente, ter feito algo para contrariar esta mentira de Estado. 
São estas incongruências e fragilidades de carácter que, infelizmente, definem os homens da nossa época. É por estes motivos que certos combates devem prosseguir norteados pela força das causas que nos movem e não pelas figuras públicas que delas se apossam. Portugal vale bem mais do que a fama e a vaidade dos homens.

Pacheco Pereira e Jorge Coelho criticam de forma dura e 
fundamentada o AO90 e a sua aplicação. 

quarta-feira, 17 de maio de 2017

A BNP acolhe em Dezembro um Colóquio comemorativo dos 500 anos do nascimento de Francisco de Holanda

«Da fonte da pintura e primeira causa será o começo de nossa obra; onde podemos dizer ser Deos pintor evidentissimo, e nas suas obras se conteer todo o exemplo e sustancia de tal arte.»
 Francisco de Holanda em Da Pintura Antiga.

Auto-retrato de Francisco de Holanda retirado
da sua obra De Aetatibus Mundi Imagines.

Comemora-se este ano o quinto centenário do nascimento de Francisco de Holanda, um dos grandes nomes da cultura portuguesa e europeia do século XVI. De modo a celebrar esta efeméride o Instituto de Filosofia Luso-Brasileira organizará, no final deste ano, o Colóquio Obra e Pensamento de Francisco de Holanda. Este encontro terá lugar na Biblioteca Nacional de Portugal, a 7 de Dezembro, sendo que o prazo para a submissão de propostas de comunicação se encontra aberto até o dia 30 de Setembro. 
Para mais informações visite-se a página oficial do Instituto de Filosofia Luso-Brasileira em http://iflb.webnode.com.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Pequeno breviário de sobrevivência à decadência reinante

Nestes tempos de dissolução e massivo desmembramento, dominados por gente aleivosa e sem carácter, impõe-se a construção e o fortalecimento dos nossos baluartes interiores. Assim, partilhamos 7 conselhos que visam impedir qualquer contributo ao firmamento da mediocridade circundante:

1 - Permanece em harmonia com a natureza e fervoroso na nossa Fé;
2 - Corta com a televisão, os mass media e todas as formas de alienação;
3 - Rejeita a igualdade e a tolerância;
4 - Conquista a liberdade e o respeito;
5 - Reconhece que todos nós temos uma missão de amor e de conquista;
6 - Recorda-te que Portugal já caiu ao nível "mais baixo possível";
7 - Consciencializa-te para a necessidade de uma acção refundacional da Pátria.

Só a acção nos poderá voltar a unir enquanto portugueses!